O que é ´´síndrome de boazinha“?

À princípio, a expressão “síndrome de boazinha” não é uma condição médica reconhecida, mas é frequentemente usada de forma coloquial para descrever um comportamento em que uma pessoa age de maneira excessivamente complacente, submissa ou disposta a agradar aos outros, muitas vezes em detrimento de suas próprias necessidades e desejos.

 Então, essa pessoa pode evitar conflitos a todo custo, mesmo quando é necessário defender seus próprios interesses ou impor limites.

Embora não seja uma síndrome médica propriamente dita, esse tipo de comportamento pode ser prejudicial para a pessoa que o pratica, uma vez que ela pode se sentir sobrecarregada, explorada ou frustrada por não conseguir expressar suas próprias vontades e necessidades. 

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Além disso, pode criar dinâmicas desequilibradas em relacionamentos interpessoais.

Assim sendo, é importante observar que, em muitos casos, esse comportamento não é intencional, e a pessoa pode não estar ciente de que está agindo dessa maneira.

Sobretudo, a terapia pode ser útil para ajudar alguém a reconhecer e modificar esse padrão de comportamento, permitindo-lhe desenvolver relacionamentos mais saudáveis e equilibrados.

Como a ´´síndrome de boazinha“ pode impactar na autoestima?

A síndrome da “boazinha” pode ter um impacto significativo na autoestima da pessoa que a vive. Isso ocorre porque esse padrão de comportamento muitas vezes envolve a supressão das próprias necessidades, vontades e opiniões em favor das dos outros.

 Aqui estão algumas maneiras pelas quais a síndrome de “ser boazinha” pode afetar a autoestima:

  • Sentimento de desvalorização: 

Quando alguém está sempre colocando as necessidades dos outros à frente das suas próprias, pode começar a sentir que suas próprias necessidades e desejos não são importantes.

 Isso pode levar a sentimentos de desvalorização e inadequação.

  • Ressentimento reprimido:

 A pessoa que sofre da síndrome da “boazinha” muitas vezes engole suas próprias frustrações e ressentimentos para evitar conflitos ou desagradar os outros. 

Isso pode resultar em sentimentos de raiva reprimida, que minam a autoestima.

  • Falta de reconhecimento: 

Quando alguém está sempre focado em agradar aos outros, pode não receber o reconhecimento ou a gratidão que merece, o que pode afetar negativamente a autoestima.

  • Dependência da validação externa:

 As pessoas com a síndrome da “boazinha” podem se tornar dependentes da validação e aprovação dos outros para se sentirem bem consigo mesmas.

 Isso significa que sua autoestima está vinculada à forma como os outros as veem, em vez de uma autoestima interna sólida.

  • Dificuldade em estabelecer limites saudáveis: 

Uma pessoa com essa síndrome muitas vezes tem dificuldade em estabelecer limites pessoais e pode permitir que os outros a explorem.

 Isso pode resultar em um ciclo de comportamento prejudicial que mina ainda mais a autoestima.

  • Sensação de vazio:

 O constante foco nas necessidades dos outros em detrimento das próprias pode levar a uma sensação de vazio interior, pois a pessoa pode não estar realmente satisfazendo suas próprias necessidades emocionais e pessoais.

Para melhorar a autoestima e lidar com a síndrome da “boazinha”, pode ser útil procurar ajuda de um terapeuta ou psicólogo.

 Enfim, a terapia pode ajudar a pessoa a entender as causas subjacentes desse padrão de comportamento, aprender a estabelecer limites saudáveis, desenvolver habilidades de assertividade e construir uma autoestima mais sólida e independente da validação externa.